Jérôme Kerviel foi um trader francês nascido em 1977. Em 2000, ele entrou no Société Générale, um dos maiores bancos da Europa. Ele havia sido contratado para o departamento de compliance.
Em 2005, ele foi promovido para trader júnior, e em 2006, provavelmente por conta de problemas financeiros, ele começou a falsificar operações. Ele fez isso em segredo e escondeu seus rastros.
Ele chegou a esconder seus ganhos ao longo de todo o ano de 2008 para que suas operações não autorizadas não viessem à tona. Ele operava futuros de índices de ações, ativos que estavam muito além dos seus limites de trading no banco.
O Société Générale descobriu o que estava acontecendo com Jérôme em janeiro de 2008. Eles encontraram lucros ocultos no valor de €1,4 bilhão; no entanto, esse valor representava apenas uma pequena parte das operações de Kerviel. Na verdade, Jérôme Kerviel havia operado em segredo a soma absurda de €50 bilhões.
O banco descobriu isso em um momento inconveniente, já que os índices estavam enfrentando uma forte queda. Mesmo assim, eles tiveram que liquidar essa posição gigantesca. O processo foi realizado ao longo de três dias, começando em 31 de janeiro de 2008. Apenas essas vendas causaram um prejuízo de €5 bilhões para a empresa.
Muitas pessoas não acreditaram que a história de Jérôme Kerviel fosse tão simples. Muitos alegam que seria impossível que o Société Générale não tivesse ciência desse nível de trading. Sua posição era maior que toda a capitalização de mercado do Société Générale.
Outro ponto que muitas pessoas discutem é como o Société Générale estimulava a cultura da qual Jérôme se aproveitou. Muitos dizem que o banco francês ignorava as operações irregulares, contanto que elas gerassem lucro. A família de Kerviel alegou que ele foi usado como bode expiatório, tendo que assumir mais perdas do que havia realmente causado.
Seja de quem for a culpa nessa história, as operações de Jérôme representam a perda mais significativa causada por um trader não autorizado na história. As estimativas giram em torno de US$7 bilhões, valor cinco vezes maior que o das perdas causadas por Nick Leeson, o segundo maior trader não autorizado da história.